Está chegando...

... e em alguns momentos isso me alivia e em outros me amedronta. Como é engraçada essa questão do tempo, pois tenho a impressão que engravidei ontem, mas ao mesmo tempo morro de saudades do meu jeans e de dormir de bruços...rs.

Os medos existem, aquela coisa da veia que escapole, medo da dor que nunca senti, mas se posso me nomear... prazer... hoje meu nome é ansiedade.

E as coisas vão se modificando, sinalizando que o período da doce espera chega ao fim dando lugar ao momento no qual vou ver pela primeira vez a pessoa que mais amo e que mais precisará de mim por um looooongo tempo.

E hoje sinto: ansiedade, falta de ar, sono absurdo, moleza, dores nas costas, barriga dura demais, necessidade de me mexer o tempo todo... e fazendo um balanço desses meses de gravidez o que eu mais fiz foi pensar no meu filho, durmo e acordo pensando nele; converso como se fossemos amigos de longa data; passei muito creme; comi muito de tudo que eu gosto; bebi tanta água que quase me afogo todos os dias; li tudo e mais um pouco sobre gestação e bebês; tomei cuidado para não cair; sinto que amadureci...

Mas também me arrependo de algumas coisas que não faria se pudesse voltar atrás: queria ter tido força para continuara me exercitar, queria ter engordado metade do que engordei, queria ter resistido mais aos doces, café e refrigerantes... queria ter tido uma rotina mais saudável, mas vou me defender e dizer que tentei... e sei que em muitos momento fui forte: respirei fundo nos enjoos dentro do onibus; mesmo acabadinha de cansaço sempre procurei cuidar da minha aparência; quase não faltei ao trabalho e hoje sei porque as mulheres que receberam a dádiva de gerar uma vida, afinal duvido um homem segurar metade da onda que seguramos na gravidez... fora as transformações físicas, precisamos lidar com o turbilhão emocional, com a insegurança mediante ao personagem da mulher maravilha que precisa ser mãe, mulher, filha, companheira, amante, profissional, linda e etc... e ao mesmo que me sinto super forte por estar com uma vida aqui dentro de mim, me sinto indefesa ao pensar no mundo aqui fora...

E assim é a vida, um filme no qual precisamos viver em toda plenitude cada cena, com a diferença que na vida real não há como voltar e refazer a mesma cena até atingir a perfeição... por isso precisamos nos dedicar, saber exatamente o que queremos para que o nosso "filme" seja um sucesso... não pensando na critica, mas sim na satisfação de ter feito parte de um filme tão bom e com uma "equipe" escolhida a dedo... e é assim que me sinto: personagem de um lindo filme, de tanto sucesso que a história continua...

Beijos!!!