Mas o lance é que estar grávida é se sentir a tal com trocentos quilos a mais; é ter a felicidade de sentir o seu filho mexer dentro de você, mas ao mesmo tempo se cobrar do que você está comendo, temer não voltar ao peso inicial, resumindo você beira a loucura com essa mistura de felicidade, insegurança, novidades... é viver cada dia com uma intensidade como se você pulasse de um avião cada dia que acorda: é decorar o quarto, escolher o nome, comprar roupinhas, escutar o coração nas ultras, acompanhar o crescimento da barriga, imaginar o rostinho e isso tudo ao mesmo tempo que nos dá muita força, nos faz ter medo de descer três degraus do ônibus... isso é louco né...rsrsrsrs
E daí que passei 9 meses com Dudu aqui dentro, lendo tudo e mais um pouco sobre bebês, procurando saber táticas, tratamentos, receitas, tudo que eu pudesse aprender para facilitar uma nova vida que viria pela frente. E detalhe que nós conhecemos várias mães que nos contam da magia da maternidade, mas ninguém nunca parou para me contar que ficaria depressiva, que teria medo de tudo, que meu filho choraria por noites e noites, que ele poderia ter refluxo, cólica e fome ao mesmo tempo. E a verdade é que valeu muito a pena tudo que li, mas a prática, ou melhor viver intensamente cada segundo da maternidade foi bem menos glamuroso do que costumam pintar.
Claro que é indescritível você ver seu tão sonhado filho pela primeira vez, o primeiro banho, o sorriso, o olhar, a mãozinha no seu seio... é tudo muito gratificante e emocionante. Mas diante de noites em claro, amamentação, curativos, sorrisos, trocas de fralda e tantas descobertas existiu uma mãe que me preocupou, me decepcionou e me orgulhou...
Quando colocaram o Dudu no meu peito na sala de parto eu só sabia perguntar se ele estava bem; quando fui para o quarto fiquei vagando entre as visitas felizes com o nascimento do meu filho, as enfermeiras pressionando para que eu amamentasse e aquela pessoinha dentro do carrinho da maternidade. No primeiro dia eu olhava o Dudu e ficava apavorada me perguntando o que eu faria dali em diante... tive medo de não saber fazer nada e me senti cansada, tanto que no primeiro dia o meu marido que trocou fraldas e trazia ele para mamar outra coisa que me aterrorizou, mas é assunto para outro post. E depois desse "dia" a noite foi em claro com Dudu aos gritos e não sabíamos o que fazer com aquela "criaturinha berrante".
No segundo dia eu caminhei, prendi o cabelo, me interessei mais pelo bebê e com certeza foi a melhor noite de toda a minha vida... lembro como se fosse hoje o marido apagado de sono e eu simplesmente virei a noite "babando", pois coloquei o Dudu para dormir no meu peito e ele apagou a noite toda e eu ao invés de dormir fiquei admirando aquele serzinho tão pequeno mas que já me dizia tanta coisa. E aí fiquei feliz e mais segura para voltar para casa com o nosso mais novo membro...
... Mas não foi nada disso... caí, tombei... me sentia num abismo. Não queria nada, não conseguia dormir porque tinha medo do Dudu precisar de mim, não tinha vontade de nada nem de comer, nem de tomar banho... passava as noites em claro e aos prantos e com muita vergonha do que eu estava sentindo. Tinha medo de não conseguir cuidar do meu filho, de perder meu marido, de tudo e mais um pouco... mas por amor à minha família e com muit medo do meu leite secar confessei, abri meu coração ao meu marido, à minha família... dizia tudo que eu sentia, pois o meu maior medo era que isso não passasse nunca, mas passou. Depois de anoitecer e amanhecer chorando por uns 15 dias o baby blues viu que eu sou mais forte e que meu filho precisava demais de mim e se mandou.
No segundo dia eu caminhei, prendi o cabelo, me interessei mais pelo bebê e com certeza foi a melhor noite de toda a minha vida... lembro como se fosse hoje o marido apagado de sono e eu simplesmente virei a noite "babando", pois coloquei o Dudu para dormir no meu peito e ele apagou a noite toda e eu ao invés de dormir fiquei admirando aquele serzinho tão pequeno mas que já me dizia tanta coisa. E aí fiquei feliz e mais segura para voltar para casa com o nosso mais novo membro...
... Mas não foi nada disso... caí, tombei... me sentia num abismo. Não queria nada, não conseguia dormir porque tinha medo do Dudu precisar de mim, não tinha vontade de nada nem de comer, nem de tomar banho... passava as noites em claro e aos prantos e com muita vergonha do que eu estava sentindo. Tinha medo de não conseguir cuidar do meu filho, de perder meu marido, de tudo e mais um pouco... mas por amor à minha família e com muit medo do meu leite secar confessei, abri meu coração ao meu marido, à minha família... dizia tudo que eu sentia, pois o meu maior medo era que isso não passasse nunca, mas passou. Depois de anoitecer e amanhecer chorando por uns 15 dias o baby blues viu que eu sou mais forte e que meu filho precisava demais de mim e se mandou.
Beijos!!!
De vc se resumiu, me resumiu, resumiu todas as mães...
ResponderExcluirNo começo tb sentia vergonha de mim, dos sentimentos q eu tinha.
Mas hj o turbilhao ta passando. Nao posso dizer q passou 100% pq a Anna ainda nao dorme uma noite inteira, ainda chora de madrugada, eu ainda choro com ela no colo sem saber o q fazer, porem hj, to mais segura das escolhas q eu faço e das coisas q eu falo por ela e com ela!
Ng tb me contou das coisas nada glamurosas, isso desde a gravidez, mas eu tb nao conto a ng não De. Deixe q as mamaes frescas descubram por si só as dores e as delicias q a maternidade nos traz. As vezes dou uma reclamadinha aqui e ali, assuto minha irmã, hj gravida de 18 semanas, mas sempre lembro ela q cada bebe é um, e q a Anna é assim, mas a Maria Fernanda nao sera!
Acho q uma das principais mudanças é essa. Descobrir. A gente se descobre mesmo, se reinventa, se odeia! Mas o tempo, Ah o tempo...esse é nosso aliado em tudo.
Hj dou graças a Deus q o tempo passou.
Nao q eu nao amasse ter um RN em casa, mas eu prefiro a fase q ela e o Dudu estao hj!
Tudo um pouco mais facil...um pouco! rs
De...vc é uma linda, pessoa q admiro demais, entendo, confio e quero pra sempre no meu hall de amigas!
Bjos enormes em vcs 3!
Eu nunc acreditei na maternidade instantânea. Acho que ser mãe é um proceso que nos molda dia após dia. No começo os sentimentos se fundem e se confundem. A gente se perde pra depois se encontrar. Dá vergonha admitir que se está cansada e que o choro às 3:00 da manhã nos irrita. Mas Deus é sábio e o tempo é amigo... as coisas se ajeitam, tudo fica mais fácil.
ResponderExcluirNão são só os filhos que crescem. A gente "cresce" junto!
Beijos
Nossa, simplesmente amei seu depoimento! São coisas assim que deixam o pouco o meu medo de ser mãe pra lá e começam a me dar coragem! Pq a gente sabe que nem sempre vai ser lindo e quando não for bonito, pode ser bem complexo, mas a maternidade tem dessas coisas de altos e baixos, acredito que para um bem maior que é a formação de 2 seres: um novo que precisa ser cuidado, ensinado e amado e outro, a mãe, que vai crescendo, amadurecendo e aparecendo junto com esse novo ser! Fiquei impressionada, mas ao mesmo tempo feliz! Obrigada por dividir isso com a gente! OBS: A sra está linda, viu? Meu pai tinha toda razão em dizer que nem parece que teve filho ontem! Hahahahaha!
ResponderExcluirPreciso te ver logo, amiga!
beijos
Julie
Nossa Dê, esse foi o depoimento mais sincero que eu já li!
ResponderExcluirNão sou mãe e nem pretendo tão cedo, mas relatos como o seu me inspiram porque vc mostra que nem tudo são flores, que filhos são uma benção mas dão trabalho sim, mas que não há recompensa melhor do que aquele sorriso banguela rs...
E ahhhh preciso comentar que a cada dia que passa, você esta ainda mais linda!!
beijos em vocês ;)