Dudu no berço

Ontem durante a consulta de rotina do Dudu no pediatra, ele nos perguntou se o colchão do berço do Dudu estava encapado com plástico por causa da alergia e eu respondi que sim, mas que o pequeno detalhe é que Dudu só usa o berço para brincar, pois dorme na nossa cama conosco. Daí rolou aquele esporro básico, o pediatra disse que para elel não há problema o Dudu dormir conosco, mas que nós estávamos plantando um problema futuro, que depois o Dudu não ia querer dormir sozinho e tal...

Mais uma vez vou ser super sincera, eu amo dormir com o filhote, sentir a sua respiração, sua mãozinha no rosto e já até me acostumei em ficar com meu espaço na cama reduzido. Fora que o Dudu não dorme no colo, ele só dorme deitado... e tem o lance da comodidade: eu acordo 5:30 para trabalhar e a garantia que ele dorme a noite toda me faz desistir de colocá-lo no berço.

Mas o pediatra me falou algo interessante, se permitimos que ele durma conosco pelo carinho e atenção é besteira porque na verdade nós três dormimos e ponto... por que não colocá-lo no berço?

E essa foi a nova missão de ontem... chegamos em casa, dei o mingau, ele brincou um pouquinho no cadeirão, brincou no berço enquanto eu arrumava a bolsa da creche do dia seguinte e a minha roupa para trabalhar, depois treinamos o senta e levanta na minha cama, dei os remedinhos, fizemos nebulização assistindo a galinha pintadinha (affff)... e dei inicio ao ritual do sono. Apaguei a casa quase toda, deixei a televisão no volume mínimo, coloquei a fralda noturna, limpei as narinas, Dudu tomou sua mamadeira, rolou a higiene bucal, colinho, abraços, beijos e tal.

E criei coragem de tirar os brinquedinhos do berço e tentar fazê-lo dormir lá. Essa foi a parte que achei que seria impossível, pois o filhote só dorme fazendo carinho no nosso rosto. Mas eu armei todo um esquema: deixei ele protegido no berço com o nosso travesseiro que tinha o nosso cheiro e do outro lado coloquei o pufe me sentei ao lado dele, na altura dele... enfiei as mãos pela grade, uma fazendo cafuné e a outra dando os tapinhas dele no bumbum. Cantei as musiquinhas que ele está acostumado a escutar; coloquei ele de lado, com o rostinho colado no nosso travesseiro e dava dor no coração vê-lo fazer carinho no travesseiro, mas segui meu objetivo... em alguns momentos ele choramingou, mas eu não disiti e isso durou de 21:10 a 21:25 e ele dormiu. Para a primeira vez, achei que foi até rápido e eu fiquei lá, vazia e sem saber o que fazer... sentada no pufe do lado de fora do berço no escuro...rsrsrsrs.

Quando o marido chegou do futebol nem acreditou, achou que eu tivesse ninado ele na cama e levado para o berço, mas não... o primeiro passo eu dei. Ligamos a babá eletrônica e deixei uma luzinha acesa... e pela primeira vez jantamos tranquilos, quer dizer, toda hora observando o filhote.

A verdade é que nossos filhos são super tranquilos e adaptáveis, nós estragamos tudo com nossa culpa, nossas inseguranças e com o sentimento de proteção. E foi isso que aconteceu... fui dormir sentindo que faltava algo e toda hora acordava preocupada; o marido levantou umas duas vezes com o barulho da babá, mas era o filhote procurando e chupeta e voltava a dormir.

Mas eu fui fraca e, as 2h da manhã, já cansada de toda hora acordar assustada e preocupada pedi ao marido que o trouxesse para a cama e ele o fez. Gente, o filhotinho estava dormindo tranquilo, mas eu não aguentei...afff! Mas não posso desistir e preciso vencer minhas neuras, meu vazio e meu cansaço.

Hoje estou mais cansada que o normal, mas não vou parar por aqui...

Beijos!!!